Em meio a renovação que minha atual função fixa determina (sou Editor de uma Intranet da sede de uma das maiores empresas brasileiras, situada justamente no centro da cidade do Rio de Janeiro), emito agora uma observação off-topic, sobre meu local de trabalho, qual seja, o centro da cidade. Desta vez, sobre as peculiaridades que o tempo nos apresenta sempre que, quando atentos, damos uma volta pelas ruas movimentadas de uma grade metrópole. Não por acaso, o título deste post é uma frase de Heráclito, aquele mesmo do "Nunca entramos duas vezes no mesmo rio, pois ele corre etc etc...". Andar pelo Centro é testemunhar que o tempo não passa, dá voltas. É o brinquedo preferido de um jovem Universo. Como na Macondo de Cem anos de Solidão, somos todos Úrsulas Buendias, vendo tudo se repetir,em reviravoltas circulares. Em um "nunca-fim". Jovens com seus laptops ao lado de carregadores de quinquilharias, pontos de Internet no meio da rua, a poucos metros de matronas africanas que parecem sair das fotos do Almanaque Laemmert. Outro, pastor, negro e liberto, vaticinando desgraças para àqueles que seguirem outro caminho que não o de Jesus, ao lado da francesa e seu atabaque, que esmola para seu templo de umbanda. É ou não é um curto-circuito sócio-cronológico??? Isto porque o tempo não é linear, como disse meu amigo Stepehn Hawking de dentro de sua Casa de Noz, tudo está às voltas, parafuseando em laminas...para quem tiver ouvidos, ouvir. E vocês, de onde e quando estiverem, o que acham?