dead_unicorn Que nem todos são unicórnios no mundo do "startupismo", qualquer um com mais de três neurônicos já percebeu. Mas, sinto que, às vezes, falta registrar esse legado, sabe? O que mais vemos/lemos por aí são projetos que desenham um futuro certo de sucesso e realizações rápidas, diga-se de passagem, para nutrir o entra e sai em aceleradoras e demais corporações de ofício digitais. Mas, digressões neo-ludistas à parte, o cenário em que crise e falta de investimentos desenhou é, também o de oportunidade de crescimento. Um crescimento pra dentro, no qual você avalia quais passos quer realmente dar e quais objetivos alcançar. Por isso, essa iniciativa é tão interessante. O autopsy.io apresenta uma lista constantemente atualizada com os "futuros unicórnios" que simplesmente deixaram de existir, faliram ou não saíram de seu estágio inicial. Tudo muito simples e direto: uma planilha online com o nome da startup, sua ideia central e... o motivo para sua retumbante falha. E, é aí que rola uma incrível oportunidade de aprendizado. Quantos dos erros de todos nós não podemos ler ali? Como frases com o estilo de "errou o alvo e o mercado", "falta de controle operacional e financeiro esbarrou na falta de maturidade de gestão" e "não construímos algo que as pessoas realmente quisessem" podem passar despercebidas a futuros empreendedores? Ainda mais que muitas delas foram ditas por seus próprios CEOs e Founders? Aliás, toda a questão destas nomenclaturas sem sentido daria uma série de posts... autopsyio As lições aprendidas são as mesmas vividas pela turma da excelente "Sillicon Valley", a série da HBO que, em sua segunda temporada, mostra como manter-se minimamente viável é tão ou mais difícil do que conseguir o primeiro investimento. Gosto muito de uma cena - ainda na primeira leva de episódios - , na qual literalmente todos os "pitchs" de um Techcrunch Disrupt fictício terminam com os founders dizendo que sua ideia tem por objetivo "tornar o mundo um lugar melhor". E, claro, ter o foco no social e no mobile. Não será que, entendermos todo o árduo processo de levar para as pessoas um serviço realmente útil ou (sonho dos sonhos), transformador, é o primeiro passo para isso?