Em apresentação fria, conhecemos a novidade: tudo o que temos hoje, em telas menores. E isso pode ser bom.

Como acontece de quando em vez, hoje foi dia de reunir a imprensa, os olhos atentos dos concorrentes e a gente que fica conectado via Safari e devices da Apple, para conhecer os novos lançamentos da marca. Fiz um resuminho básico do que vi por lá, já filtrando para mostrar o que você, preso aí entre mil jobs e obrigações, precisa saber ao final do dia de hoje. Como de praxe, o evento começou com a apresentação de programas e avanços corporativos da Apple. Um destaque interessante foi o programa Apple Renew, para reciclagem de materiais dos seus iPhones e iPads. A ideia é que, a partir de agora, você pode levar seu gadget antigo para uma revenda autorizada e isso volta ao ambiente na forma de ferramentas e placas solares. Mas vai rolar desconto? Ainda não sabemos.

Apple como big data para medicina

apple1 Na sequência, rolou uma apresentação dos acertos do Research Kit, que flerta com big data e suas aplicações para medicina. Este posicionamento é bem interessante e coloca os iPhones como centros de pesquisa na palma de sua mão, podendo ajudar a diagnosticar doenças e síndromes como Mal de Parkinson e Autismo em seus estágios iniciais. Mas isso já era a novidade de 2015. O que mudou foi a criação do CareKit, um framework para desenvolvimento de aplicativos para pacientes e médicos simplificarem protocolos para o dia a dia de tratamentos de saúde. apple3 Só que forçaram a barra. Contaram para a plateia que todo o acompanhamento médico feito hoje usa folhas de papel. Menos, né, gente? Nem só de avanços da Apple vive o mundo da medicina do futuro. Aliás, a marca é novata no segmento e tem na IBM - sua eterna rival desde o filme clássico de lançamento do Macintosh em 1984- , uma de suas principais concorrentes. Na dúvida, pergunte ao Watson. Depois disso o evento deu uma certa barriga, falando dos primos feios Apple Watch e Apple TV. O relógio inteligente mais vendido e o melhor avaliado do mundo, segundo eles mesmos, voltou ao palco apenas para mostrar novas pulseiras e cores. Sério? Já a Apple TV, só mesmo uma requentada e apresentação de usos gerais para culinária e preparação física, nada que seus programas matutinos e vespertinos não façam. E na TV aberta.

iPhone SE. É como se fosse hoje com a tela de ontem

apple5 E aí, chegou a hora do novo integrante da família de iPhones. O iPhone SE, como já havia sido adiantado por metade dos blogs de tecnologia é tudo o que um 6 tem, só que com uma tela de 4 polegadas. Ou seja, é como se fosse um 5S..S. E, em uma técnica que iria nos acompanhar pela hora seguinte, os executivos da Apple, deslancharam a enumerar razões sobre o porquê a tela pequena ser tão importante. apple6 Dentre os motivos é que grande parte dos iPhones 4S vendidos, representaram a primeira experiência de novos usuários com o iOS e, daí, uma tela menor facilitaria a transição. Que balela! Parece claro que o segredo é autonomia de bateria, que aumenta consideravelmente com telas menores. E ponto final. Mas o tamanho menor, para mim, conta pontos em outro detalhe: caber no bolso. Não me entendam mal, o iPhone SE tem um pacote interessante. Câmera excelente, filma e edita vídeos em 4K, melhor câmera frontal e aprimoramento das rede LTE e Wi-Fi para maior velocidade. No geral, um bom aparelho.

Para fechar a tarde, a menor maior notícia do dia, o iPar Pro de 9.7 polegadas

apple9 Na hora do iPad Pro, conhecemos seu irmão de 9.7 polegadas, lançamento que também já era esperado. Nos reason-why, a mesma racionalização: mais leve, cabe na bolsa etc. A estratégia de lançamento do produto, contudo, seria revelada logo em seguida. Segundo as pesquisas internas da marca, existem 600 milhões de PCs usados, com mais de cinco anos e em operação. apple8 O iPad Pro de 9.7 polegadas quer "morar" nesse nicho, representando a transição definitiva para o estado atual da computação pessoal. Ou, como o pessoal da Apple quer insistir "o último upgrade que você precisa fazer". O que você deveria ler por trás dessas linhas é, na verdade, uma reação da Apple frente ao mercado saturado - com queda de vendas - e uma tendência a atuais usuários de iPad simplesmente não manifestarem razões para mudar seus modelos. Captou? apple7 Tirando este detalhe meramente estratégico e focando exclusivamente no aparelho, ele é bem interessante, com destaque para o True Tone Display, um recurso que mede a luz do ambiente e a temperatura do cor para ajustar a tela. A ideia é que as imagens pareçam mais reais e confortáveis. Ou seja, em um ambiente com cores mais quentes, ele esquenta e vice-versa. Com isso, a tela meio que se acomoda ao comportamento do nervo óptico de quem está olhando para ela. Fora isso, a novidade de agora aceitar comandos de voz através do Siri e ser, na prática, uma câmera profissional, com 12MP e capacidade de filmar e editar em 4K. Deve ser por isso que lançaram, pela primeira vez, uma versão com 256GB de memória. Claro que, para encerrar esta breve análise, vou me furtar a comentar data de lançamento e preços. :/ E agora, comentários! Quem gostou do que, por que e para que!