A primeria observação quanto a este conturbado tópico não começa em qual modelo é melhor, mas sim qual é o foco dos seus clientes. Hoje o mercado está inundado de empresas e modelos de filmadoras para os mais diferentes objetivos, desde filmagens caseiras até produções de curta, média e longa-metranges. Essa variedade de tecnologias deixa a maioria dos profissionais confusos e exige uma constante monitoria de sites de tecnologia para ficar “afiado” nos lançamentos, e para saber quando é de fato necessário renovar seu material (ou, no caso deste tópico, qual o melhor para sua primeira compra). Comerciais para TV e para transmedia demandam câmeras diferentes das necessárias para filmagens de documentários ou casamentos por exemplo. Por isso, sempre decida seu foco de atividade principal antes de quais equipamentos comprar. Diferentes ramos também significam diferentes valores de investimento. Logo, tudo está entrelaçado e deve ser pensado com muita calma. Após uma longa deliberação eu decidi começar esquematizando fluxogramas básicos para auxiliar a compra de novos equipamentos, tendo em vista os modelos mais recentes lançados, e separando de diversas formas. Outra forma de seleção também pode ser por Downsides e Upsides (pontos fortes e fracos). Para tal, eu elaborei uma tabela. Como sempre, tendo em vista os modelos mais utilizados no mercado atualmente). Os dois documentos estão disponíveis logo abaixo: Fluxograma básico de escolha | Tabela comparativa de modelos IMGA0899 Creative Commons License photo credit: eddypedro

Entendendo as limitações das principais câmeras

Quanto ao tempo de filmagem contínua: diversos fabricantes impõem limitações de tempo de filmagem contínua. Tal limitação não incomoda a construção de vídeos onde haverão diversos cortes, e nenhum plano irá permanecer durante muito tempo no mesmo lugar. Por isso, automaticamente descartamos essas câmeras para trabalhos como documentários por exemplo, em que eventualmente é necessário gravar depoimentos longos. Precisa de muita luz: filmadoras diferentes interpretam a luz de forma diferente. Quanto maior o sensor, melhor será a identificação das nuances na escuridão, e menor será a granulação no vídeo. Filmadoras que não trabalham bem no escuro podem criar grandes dificuldades para certos trabalhos, mas em geral, elas são mais compactas, por isso elas são ótimas para esportes e situações onde o set prejudica o uso de equipamentos de porte maior. Estabilidade de imagem: filmagens em tripés são fáceis de serem feitas, pois não há movimentação. Porem o movimento de câmera sempre trás dores de cabeça. Certas câmeras são tão leves, que pioram a estabilização ainda mais, pois o peso não atua como estabilizador quando ela está em nossas mãos. Filmadoras pesadas em geral oferecem uma filmagem com movimentação mais suave. O recurso que as pequenas e leves filmadoras usam para tentar compensar isso, é dar um pequeno zoom digital na imagem, e move-la sempre contra a direção em que tremeu. Não precisamos pensar muito para entender as desvantagens deste processo. Zoom digital sempre cria perda de resolução, e o processamento de câmeras não chega nem perto do necessário para fazer uma estabilização de qualidade. Alto Custo: nenhuma câmera trabalha “Crua”. São sempre necessários cartões de memória, lentes, tripés, monopés, steadicam’s e outros acessórios. Câmeras como a Sony NEX FS100 e a RED Scarlet precisam de acessórios muito caros, e isso é um dos maiores agravantes no seu uso. Se você é um iniciante na área, irá precisar, acima de tudo, manter um olho na carteira;

Minha sugestão: Sony NEX VG20

A filmadora Sony NEX VG20 foi lançada no mercado graças as críticas recebidas no seu modelo anterior, a NEX VG10. Quando a Sony finalmente liberou o modelo VG20, ela talvez tenha lançado uma segunda Canon XL1 no mercado. (a Canon XL1 é uma das câmeras filmadoras mais vendidas da Canon antes do advento da tecnologia FullHD). Ela contém tudo que é mais necessário para um iniciante no mercado. Seu custo é reduzido, ela se comporta extremamente bem em baixa luz, seus acessórios são todos baratos, existem adaptadores para uma série de equipamentos de outros fabricantes, sua tecnologia de armazenamento é a mais barata do mercado (cartões SD e SDHC). Sua pegada (a forma com que ela se comporta na mão) é muito mais confortável que sua adversária (a HDSLR Canon 5D) por ter o formato tradicional de uma filmadora, ao invés de o corpo de uma câmera fotográfica, ela tem entrada para microfones externos e a função matadora, a filmagem em fullHD à 24 quadros progressivo, que é o padrão utilizado para cinema. A sua irmã VG10 apenas filmava em 30 quadros interpolados, um formato que aumenta o tempo na edição e é focado principalmente para televisão e não para outros meios como internet e conversão para película (as vezes pode ser pedido que as filmagens digitais sejam transformadas em película para poder concorrer em diversos festivais, ou para reproduzir em cinemas que não aceitam material digital. O formato Interpolado dificulta em muito este trabalho) É isso, pessoal. Curtiram? Comentem! Acrescentem suas sugestões de modelos e técnicas!