Na hora de avaliar um portfólio de um webdesigner você deve levar em contas duas coisas. Primeiro podemos enxergar além da fronteira do blog e imaginar como um cliente nosso vai avaliar os trabalhos que levamos a uma reunião ou, até mesmo, um e-mail nosso enviado a partir de uma oportunidade postada por aqui. Segundo é um momento interessante para darmos dicas de como profissionais de outras áreas podem avaliar um trabalho criativo. Sim, porque a leitora em questão é do departamento de Recursos Humanos da empresa que anunciou. Ou você acha que só diretor de criação vai olhar seu portfólio? portfolio-webdesinger

Dicas básicas para avaliar o trabalho criativo, quando você não é da área criativa.

A primeira coisa que você ser estranho ao mundo das cores e fontes deve saber é que todo trabalho criativo deve ter um propósito, ser a resposta a uma necessidade de marca. Esta necessidade por ser vender mais produtos, fazer com que mais e mais pessoas assinem seu serviço ou até mesmo divulgar sua candidatura ao Senado de alguma república perdida no mapa. Ao avaliar um conjunto de links procure saber (se isso já não estiver discriminado na ficha técnica de cada projeto) qual foi a missão daquela empreitada. E pense, com os olhos de consumidor final, se você seria impactado por aquela solução. Outra dica é avaliar o quão variado é o conjunto de ideias e soluções do candidato. Digo isso porque é comum no mercado encontrarmos “profissionais de template”, ou seja, a turminha que só repete a mesma fórmula, projeto após projeto, num troca-troca de cores que mesmeriza os mais desatentos. Não seja um deles, caso note uma repetição de estruturas e soluções, pergunte sobre o por quê disso. Não substitua a sua sensibilidade por perfumarias como jeito estiloso de se vestir e gadgets de última geração. O talento genuíno transparece em qualquer ambiente. Treine o faro para esta originalidade. Não se iluda, qualquer ser humano é capaz de identificar (em diferentes graus, é claro) criatividade genuína. É aquela de dá “um susto no cérebro”. Você sente isso quando uma Escola de Samba entra na Avenida e apresenta um carnaval que faz história, quando uma banda de Rock cria aquela canção que vai acompanhar você por toda a vida, quando lê um livro que faz você viajar. Sim, o trabalho do webdesigner, mesmo tendo um quê de técnico e sendo resposta a uma necessidade comercial, pode (e deve) provocar isso em você. Vale lembrar que o “você” citado no parágrafo anterior pode ser, como no caso da leitora que nos enviou a dúvida, uma pessoa jurídica. Neste caso, o foco de sua avaliação deve estar consoante aos objetivos de marca e de marketing daquela instituição. Quando for avaliar este tipo de profissional sob os olhos de uma cultura empresarial, portanto, é importante que o crivo seja esse. Você pode até gostar, mas se sentir que a “empresa” não vai gostar daquela maneira de resolver um problema de comunicação, não insista.

Para iniciar

Este é um tipo de post que gostaria de ver iniciar uma discussão trazendo pontos distintos e opiniões variadas. A pluralidade vence. E você, como avaliaria o portfólio de um webdesigner?