Urna electoral de D.C.
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Muita gente envia toneladas de e-mails e não sabe porque motivo eles não são respondidos. Na vida corrida de hoje, quando sua concorrência é composta POR TODO O PLANETA, a grande lance é ser simples, direto e útil a quem recebe uma mensagem sua. Quer saber O QUE NÂO FAZER? Acompanhe essa lista dos 10 erros mais comuns:

1. Emails pesados, em HTML

Você tem idéia de quantos emails um editor recebe por dia? E do tamanho do fluxo de informação com que ele precisa lidar por hora? E da quantidade de coisas que um editor lê? É sério. Tudo que a gente não precisa é receber aquele fantástico PowerPoint que você levou dias fazendo. O texto, para um editor, é a essência da vida. Você precisa ganhá-lo no conteúdo. Escreva o que quer, simplesmente. Palavras deveriam ser suficientes e o editor não precisa que o texto seja colorido, em extra bold, corpo 32, para enxergar. Acredite, ele provavelmente não é cego. Você pode apenas escrever o que quer dizer.

2. Imagens anexadas

Imagens anexadas[bb] pesam o email e muito provavelmente o editor não pediu para que você a enviasse. Primeiro faça contato e se – somente se  - o editor pedir, você envia imagem. E mesmo assim, envie sempre em baixa resolução, leve, pequena (a menos que o editor peça diferente, é claro).

3. Faça-o trabalhar!

Quer mostrar o seu portfólio online? Não faça o editor ser obrigado a pesquisar no Google para te achar. Envie o link de maneira clara. Algo como “veja o meu portfólio no link www.blablabla.com” . Simples, direto, fácil de achar. Se no seu site não tiver, envie uma mini (mini!) biografia no final do email. É sempre bom saber com quem estamos falando.

4. Erros crassos de português

Português é um idioma complexo e difícil. Todo mundo erra. É natural que um profissional da área erre menos. Espera-se que um médico saiba onde fica o fígado, por exemplo, mas não que ele tenha todas as respostas de todas as especialidades. Vai doer no olho de um editor cachorro com x. Não precisa enviar para um revisor profissional cada email que você troque, mas releia com atenção antes de enviar.

5. Muita informação!

Juro, o editor não precisa saber que o seu livro é baseado na triste história da sua Tia Conchita, que veio de Costa Rica para tentar a sorte vendendo mariola na porta do Banco Xurumbambos Inc., mas que ela então casou com Rodoaldo, um engenheiro mecânico especializado em tratores e por causa disso se mudou para Pirapora do Bom Jesus e... Não, ele não precisa saber de tudo isso! Diga “baseado em uma história real”, é suficiente. Mesmo que a sua Tia Conchita tenha sido a pessoa mais importante na sua vida, não foi na vida do editor. O editor também não precisa saber que você mora em um aprazível sobrado do lado da editora e que pode ir lá sempre que ele precisar de uma fotografia. Envie apenas o seu endereço. Editores[bb]pensam, juro para vocês! Se esta informação for de alguma forma importante, ele vai notar, acredite.

6. Pouca informação

Pelo amor de deus também não envie um email apenas com “portfólio link tal”. Apresente-se, diga ao menos o seu nome e o que deseja! Editores costumam ser pessoas inteligentes mas não são videntes!

7. Use hotmail e afins

Nada contra o hotmail especificamente, mas infelizmente este é um daqueles endereços que acabou caindo nas mãos dos spammers. E não tem nada nesse mundo que um editor tenha mais nojo que spam. Uma barata morta dentro de um envelope faz mais sucesso que um spam. Se o editor achar, por um segundo que seja, que o seu email é spam, você já era.

8. Formal demais! Informal demais!

Você não é amigo íntimo do editor, não o trate como tal. Agora, o editor tampouco é juiz do Supremo. Tratamento informal como “você” não tem problema algum, mas “aí cara, tá ligado?” é um pouco demais. Um bom parâmetro é falar com o editor como você normalmente fala com o gerente do seu banco. Não precisa ter medo do sujeito mas não é de bom tom botar o pé na mesa dele.

9. Arrogância

Não, você não é o melhor e muito menos o único fotógrafo / ilustrador / autor do mundo. Sinto muito. E a oportunidade não é imperdível. O seu livro não vai mudar o mundo. A sua ilustração não é a única solução possível para aquele texto. Lamento muitíssimo mas o seu texto não é revolucionário e não trará, sozinho, a paz ao mundo. O editor muito provavelmente tem muito – mas muito! – mais experiência do que você. Escute o que ele tem a dizer.

10. Envie algo completamente fora da linha editorial

Por melhor que seja, de nada adianta você enviar um texto infantil para uma editora que não tem um seloinfanto-juvenil[bb]. Ela vai recusar. Antes de enviar qualquer coisa a um editor, pesquise. Entre no site, veja o catálogo, leia o “quem somos”. Você mesmo vai perceber se vale a pena entrar em contato com aquela editora ou não.

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