Proyectado É muito gratificante quando nossos leitores enviam dúvidas que transcendem ao fazer web. O Carreirasolo foi idealizado para ser um local de encontro de todos os profissionais freelancers, sejam eles músicos, ilustradores, arquitetos, advogados e, claro, profissionais de internet. É um acontecimento muito legal quando recebo este tipo de dúvida, o título do post, pois mostra que, aos poucos, estamos chegando lá. A dúvida, sobre trato com fornecedores gráficos (e seus tipos de frete), nos foi enviada pela leitora Elisa Dantas. Ela partiu de um ponto extremamente correto:Nem todos os freelas são puramente web, certo?

Certíssimo

Criamos projetos que podem ser brindes, banners, flyers, jingles e tudo mais. Neste momento, concordo, a relação entre nós e os fornecedores tem que ter um trato bastante diferente do tido com os clientes, porém dura e maleável na medida. Ela segue indagando que tipo de perguntas podemos fazer para que, antes mesmo da aprovação da arte-final, tenhamos segurança naquela gráfica ou fotoliteiro. E mais: o que fazer quando ele atrasa ou diz que não poderá cumprir o prometido em cima da hora?

Sobre nossos fornecedores

A relação entre cliente e fornecedor é delicada mesmo. Geralmente inclui períodos de aprovação e janelas de carência para a produção. Algumas dicas:
  • Monte um cronograma muito bem feito e vá afinando parte a parte o tempo todo sempre buscando validação de quem realmente tem poder pra isso.
  • Em relação aos prazos, incluir todos eles, porque um desencadeia o outro, criação, aprovação, arte-final e produção e sempre, sempre com margem de erro, porque isso é a malandragem do processo.
  • O cliente precisa saber quanto tempo ele tem de aprovação, concordar com isso e entender que o fornecedor tem uma janela de carência pra produir e que, caso a perca, o acordo precisa ser reestabelecido.
  • Clientes, todo mundo sabe, adoram alterar aprovações e artes finais. Cronograma, o cliente furou? repactue as partes, atualize o cronograma e vamos indo. Sempre deixando as partes cientes com concordâncias documentadas (validações).
  • Se ao fim der algo errado, a própria seriedade ao longo do trânsito e uma boa dose de conversa sincera e vontade de compromisso hão de resolver a questão. Via de regra, clientes são a fonte maior de atraso e se forem conscientes vai rolar um estresse pequeno e a coisa vai andar.
  • IMPORTANTE: Nunca absorver atrasos. Sempre colocar magens para erro (se o fornecedor vai te entregar na sexta, diga para seu cliente que vai receber na segunda, por exemplo), cuidando da ética sempre, uma margem é apenas isso, não o dobro do tempo, e evitando que fornecedor e cliente se falem diretamente pois aí todo o seu cuidado para preservar margens (e a felicidade geral) vai se tornar um telefone sem fio.
Colaborou: Eduardo Rocha