Não é segredo que em janeiro costumo tirar o pé do acelerador. Faço-o por uma boa causa, a saber, família, praia, sonecas à tarde, DVD´s e, claro, muita leitura. E neste capítulo, na verdade vários deles, gostaria de destacar os dois livros que me levaram embalados nestes vinte poucos dias. acura.jpg[bb]A Cura de Schopenhauer Comecei com a continuação de “Quando Nietzsche chorou...”, do Yalom. A história se passa dentro de um grupo de terapia onde acompanhamos as idas e vindas do moderador, um famoso psiquiatra que, ao deparar-se com a verdade fundamental que a todos nos leva um dia ou outro, a saber, a derradeira chamada, resolve rever sua carreira e procurar seu maior fracasso profissional, Philip, consumido por um vício dos mais curiosos. Para ler a tarde, sem grandes pretenções. Li em três dias. saramago_morte.jpg[bb]As intermitências da morte. E aí passei para o novo do Saramago. Que começa morno e vai num sempre crescendo até um final de irônico e interessante como é de seu feitio. Sou um leitor em dívida com o ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 1998, li apenas quatro outros livros dele (Evangelho Segundo Jesus Cristo, A Caverna, Conto da Ilha Fantasma, Ensaio sobre o Cerco de Lisboa). Enfim, é para ler em voz alta, saboreando a fluidez de uma pequena obra sem parágrafos ou pontuações, sem travessões e que tão pouco fica atravessado na garganta. E tem muitos outros, na pilha, esperando. E vocês, o que leram por aí?