Muito além da carreira formal, existe um tipo de profissional que reinventa as relações empregatícias: o freelancer Na esteira de tantas mudanças no mercado de trabalho, desponta um novo tipo de profissional. Ele não tem empregadores, tem clientes. Ele não pensa em cargos e salários, mas em quantos projetos diferentes vai criar. Ele não tem salário, tem orçamentos e propostas comerciais. Com vocês, o freelancer. Desktop 3/10/10
Creative Commons License photo credit: Kelly Sue Para encarar a vida de freelancer é preciso alguma preparação. O perfil é levemente diferenciado de um funcionário comum. Você precisa ser proativo primeiro com a sua própria carreira. Entender os movimentos do mercado e estar preparado para as novas tendências (sejam elas técnicas ou conceituais). Outra coisa é repensar sua disciplina financeira. Salário, 13º e férias deixarão de existir. O freelancer precisa ter em mente que trabalha com orçamentos anuais e, por isso, deve ter gastos na ponta do lápis. Separar uma parte da renda anual para impostos, planos de saúde e gastos fixos é também fundamental. O freelancer tem na mão outro diferencial: escolher seus clientes. Como não trabalha, na maioria das vezes, com estrutura empregatícia clássica, vai montando sua renda por projetos. Vale a lembrança: cada projeto deve ser utilizado para melhorar o portfólio e se possível, funcionar como mais um “nó” de sua rede de contatos. Escolher os clientes certos, principalmente no começo, é absolutamente fundamental.

Home Office. Onde o freelancer acontece!

Existem duas maneiras básicas de alocação para o profissional freelancer. Em projetos dentro do cliente ou em seu próprio home office. Neste segundo caso, a infra-estrutura deve ser toda repensada. Não vamos esquecer que você ficará pelo menos oito horas na frente do micro. Se possível deve ser um quarto exclusivo, um espaço só seu. Deve seguir os padrões aceitáveis de ergonomia como altura correta do monitor, espaço para os braços, iluminação amena etc. É bem provável que você precise, com o tempo, de uma linha telefônica exclusiva também. São detalhes para os quais você deve ficar atento para que o atendimento o seu cliente seja o mais profissional possível.

Quando é a hora de legalizar?

Após alguns projetos e à medida que eles forem ficando maiores a necessidade de legalização fica mais presente. O profissional freelancer precisa, então, procurar um contador para virar o famoso “PJ”. Para seus clientes a visibilidade irá melhorar muito, pois agora estarão falando com uma “eupresa”. Do lado de cá, você deve entender também que terá compromissos e obrigações que antes não tinha. Mas costuma ser o mais indicado para aqueles que pretendem seguir um progresso natural em suas vidas profissionais. Este texto foi produzido pelo Emprego Certo, o site de empregos do UOL, com exclusividade para o Carreira Solo.