erika.jpgQuando me proponho a entrevistar alguém, procuro trazer para meus leitores profissionais que possam somar conhecimento e experiência à comunidade. No caso da Erika não foi diferente. Esta entrevista, por exemplo, seria para a Galerasolo, mas, trocando e-mails percebi que seria muito mais produtivo para todos se Erika contasse para nós sua experiência com comunicação, marketing e eventos (ela trabalha na FGV de São Paulo), setor que não pára de crescer, inclusive no mundo virtual. Confiram e não deixem de entrar em contato com Erika que também realiza consultorias como profissional Freelancer.

Fale um pouco para nossos leitores sobre este segmento de organização de Eventos Corporativos

É um segmento que vem crescendo muito nos últimos anos. As empresas realmente descobriram o evento como uma importante ferramenta de comunicação e relacionamento com seus públicos de interesse. É uma maneira interativa de apresentar a instituição, seus produtos e serviços com muito mais qualidade e informação que qualquer outro meio permite. Podemos dividi-los em 04 tipos básicos: eventos institucionais (geralmente em parceira com outras instituições e busca apresentar a empresa ou algum programa da empresa, como um programa de Responsabilidade Social), os eventos promocionais (lançamento de produtos e serviços, por ex.), as feiras de negócios e os eventos internos (público interno).

Você mencionou em nossa conversa preliminar que este tipo de atuação traz consigo possibilidades para vários tipos de profissionais. Poderia dizer quais são e que tipo de especialidade uma empresa (ou profissional) de Eventos espera deles?

Como disse, os eventos foram redescobertos como importante ferramenta da comunicação e marketing, e estão pipocando por todo o país. E para chamar a atenção das pessoas para esses eventos precisamos de verdadeiras campanhas de divulgação. Hoje, com a internet (sites e e-mail mkt) conseguimos atingir o público alvo com muito mais assertividade e ainda acompanhar todo seu processo de busca de informação e inscrição para o evento. Isso, sem falar no trabalho de assessoria de imprensa, diagramação de materiais de apoio e outros serviços que dão suporte ao evento, como foto e filmagem, tradução simultânea, alimentação, decoração, etc...

Quais são as principais armadilhas que Profissionais dedicados ao segmento de organização de eventos enfrentam?

Acho que os principais problemas são de estrutura. O que pode atrapalhar o sucesso de um evento, e que foge da nossa competência, é o trânsito, a violência das grandes cidades e atualmente a crise aérea.

Que resultados uma empresa pode esperar de um evento? Em quem momento ele é mais indicado?

Um evento cabe em qualquer momento. Pode servir de apoio para qualquer ação interna ou até mesmo ser a grande estrela de uma campanha. A empresa proporciona uma verdadeira experiência da marca com seu público, gera aproximação e interação com esse público, reforçando conceitos e produtos, atrai a atenção da imprensa e ainda, se bem trabalhado, gera um mailling importante. Afinal, quem irá num evento corporativo se o assunto, produto ou empresa não for de real iteresse?

Qual é a formação que um profissional desta área precisa buscar?

Eu sou Relações Públicas, mas encontro profissionais de diversas áreas. O profissional deve trabalhar bem com planejamento e com pessoas, ser detalhista, paciente e otimista...Ter bom gosto e conhecimentos em comunicação e marketing também é fundamental. Mas o mais importante é gostar desse trabalho dinâmico e imprevisível.

Você mencionou a internet como a plataforma que permite um acompanhamento maior do desenrolar do evento. Semana passada estivemos conversando com o autor do livro Second Life. Guia de Viagem. Este tipo de plataforma também é propício para eventos? Conhece algum caso recente?

O número de eventos corporativos cresce no Second Life também. A Intel fez sua festa de 20 anos simultâneamente na vida real e virtual. Os diretores da empresa estavam com seus avatares presentes na festa virtual, que teve também a presença de funcionários que não estavam em São Paulo no dia da festa e interessados em geral. A Intel aproveitou para lançar um novo produto, e distribuir brindes virtuais (que conferem poderes aos residentes). Para receberem este brinde, era preciso preencher um cadastro, que com certeza gerou um mailling riquíssimo, já que os residentes do Second Life são antenados com tecnologia. Além disso, o evento chamou a atenção da imprensa e marcou a história.
E para fechar Dê sua opinião, leitor! Você acredita que o mercado de eventos corporativos é bom para os freelancers? E essa de Second Life? É onda passageira ou veio para ficar?