Curso escolhido, vestibular prestado, agora é só frequentar as aulas e rezar para que dentro de alguns anos seu talento seja descoberto, certo? Errado. Este é um dos maiores pecados que muitos estudantes cometem: acabam deixando para se dedicar à faculdade apenas na reta final, quando deveriam ter se preparado para o mercado de trabalho desde o primeiro dia de aula. ByeBye Office view 2009-2010 [front]
Creative Commons License photo credit: Ganymedes Costagravas Nos primeiros semestres de qualquer curso há muitas disciplinas que parecem estar ali por engano, mas haverá uma ocasião na sua carreira em que você descobrirá a finalidade delas. Parece que não, mas em breve as aulas de sociologia, filosofia, história e estatística farão sentido – mas só se você esteve presente nelas e não no bar da esquina celebrando sua juventude ou seja lá o que for. Em algum momento da sua vida profissional a postura que você teve quando calouro mostrará sua aptidão – ou falta dela – para oferecer ao seu cliente o que ele procura. Ah, você já se formou e fez (quase) tudo errado... uma pena. Passe para o próximo artigo – se quiser ser um eterno perdedor. Para quem já está com o diploma na mão e não se dedicou lá no primeiro ano da faculdade o tempo é escasso, mas ainda é possível ajeitar algumas coisas e aprender muitas outras.

Competitividade

Certa vez Lee Iacocca disse que a competitividade de um país não começa nas indústrias ou nos laboratórios de engenharia, mas sim na sala de aula. Não é preciso criar inimigos e nem deixar de fazer amigos, mas colocar em mente que cada um dos alunos na sua sala é um potencial adversário no mercado de trabalho vai impulsioná-lo a produzir mais e melhor. Nesse quesito o freelancer “sofre” dobrado. Um profissional empregado que tiver um projeto rejeitado abrirá caminho para um colega de trabalho, não receberá tapinhas nas costas, mas terá o seu salário garantido no final do mês. O freela, no entanto, além de rejeitado, poderá perder novas oportunidades com aquele cliente. Os tapinhas nas costas não são de extrema importância, mas o dinheiro para pagar as contas é. E esse só virá se o seu projeto for escolhido.

Mente e braços abertos

Você odeia economia, é vegetariano e não se liga nem um pouco em esportes – sem problemas. Agora, tente escrever sobre o mercado financeiro, criar um slogan bacana (ou fotografar) para uma rede de restaurantes cujo maior atrativo seja o rodízio de carnes e fazer uma campanha para atrair mais adeptos a uma academia de ginástica. Não consegue? E se na vida profissional você se deparar com uma dessas situações? Vai dizer que sente muito, mas não pode aceitar a tarefa ou vai fazer um dos melhores trabalhos da sua vida? É melhor dizer sim e se arriscar adentrando uma porta desconhecida do que fechá-la pra sempre e se arrepender pelo resto da vida por não ter ao menos tentado. O cliente não está nem aí para o que você gosta, ele quer um profissional que seja capaz de vender o produto que ele oferece. Se você não é assim, está fora. Não é preciso mudar suas opiniões e valores para fazer determinado trabalho, mas é preciso sempre ter uma visão de mosca – a que lhe permite olhar em todas as direções – e ser uma pessoa sem preconceitos ou juízo de valores. Uma mente pequena tende a permanecer assim para sempre, enquanto uma mente aberta tende a se expandir cada vez mais. Como freela vale aceitar os mais variados tipos de trabalho, pois isso vai aumentar sua cultura e ampliar seus conhecimentos, lhe colocando muito à frente na sua carreira. Isso não significa, no entanto, que você deva deixar de ser seletivo – afinal, você não está passando fome. Aceitar qualquer tipo trabalho pode indicar desespero e acaba desvalorizando o profissional. Escreva corretamente, pelo amor da língua portuguesa! Abaixo, jogo dos 13 erros:
Paresse brincadera, mais apezar da escrita ser uma das ferramenta mais importantes para os profiçionais que lidão com comunicassão, muintos continuão cometendo erros de grafia e concordânssia tão abssurdos quanto o desse parágrafo.

Proatividade

Arregaçar as mangas, meter as caras, propor e fazer. Isso não se refere apenas ao perfil profissional, é algo deve estar com você o tempo todo. Não espere por respostas, busque-as. Tente aprender algo sozinho, pergunte, seja curioso, informe-se, arrisque-se. Conhecimento nunca é demais. Às vezes as informações mais inúteis podem servir de inspiração para um trabalho magnífico. Use a internet como uma das suas maiores aliadas. Ao invés de ficar jogando Colheita Feliz, por que não procurar um curso online gratuito que aprimore as habilidades que você já possui ou que lhe permita aprender uma terceira língua? Ofereça sua colaboração – entenda-se, gratuita – para alguma revista, blog, site, e permita-se aprender além das quatro paredes da universidade. Há milhares de coisas que as faculdades ensinam e há milhões que nenhuma delas é capaz de ensinar. Vivenciar é preciso.

Networking

Quanto mais contatos, maiores suas chances de conseguir uma entrevista ou uma indicação para algum trabalho. E quando se fala em contatos, não são apenas aqueles que estão na mesma área da sua atuação. Há sempre alguém que conhece alguém que conhece o alguém que você procura. Simpatia e cordialidade são grandes aliados quando se fala em networking, mas vale lembrar: contato nenhum substitui competência e talento.

Sobre Lee Iacocca

Lee Iacocca é... que tal reler o tópico sobre proatividade?