Quando foi a última vez que você escreveu uma carta? Talvez a resposta seja mais complicada do que recordar a sensação de receber uma. A verdade é que com tantos e-mails, tweets e sms ficou quase impossível lembrar-se da própria letra. Na vida moderna, substituímos a caneta pelos polegares. Mas, para tentar salvar a arte da caligrafia, nasceu Bond, um robô que combina a eficiência das impressoras MakerBot 3-D e as canetas Montblanc. Cartas de agradecimento, convites de festas ou qualquer tipo de correspondência podem ser compostos pelo app Bond, que somente nos seus primeiros 90 dias de operação foi responsável por gerar US$ 200.000 (cerca de R$ 581.120,00). O resultado parte de uma lógica simples: materiais redigidos à mão são feitos com mais carinho. Segundo Sonny Caberwall, fundador da startup, ainda existe o interesse das pessoas em cartas caligrafadas, o que possibilitou o surgimento da empresa. [caption id="attachment_18200" align="alignnone" width="640"]Bond em ação. Fonte: Wired. Reprodução Bond em ação. Fonte: Wired. Reprodução[/caption] “Nós fizemos uma decisão estratégica de focar em uma tecnologia para escrever materiais à mão, já que o nosso objetivo estava em ajudar as pessoas a articular o quanto elas se importam com seus relacionamentos”, avaliou Caberwall. Graças a uma equipe de especialistas em robótica, software e engenheiros, Bond procura ir além de um sistema para criar letras. De acordo com o empresário, ao considerar pequenos detalhes, como a pressão da caneta ao escrever, o robô é capaz de redigir cartas à maneira como um humano faria. “A ordem em que os golpes são feitos realmente afeta a saída física, e isso é um exemplo visível de como consideramos o design da letra em todos os aspectos e não apenas software, mas hardware”. Além de escrever, Bond também coloca a carta dentro de um envelope, fecha com cera e uma equipe envia a mensagem para os Correios. O preço é a partir de US$ 2.99 (aproximadamente R$ 8,72), mais despesas de envio e de outros serviços. Bond nada mais é do que um exemplo claro de como inovações podem reinventar antigas tradições e, junto delas, agregar sentimentos e sensações. E você? Além de escrever cartas, o que mais deixou de fazer? Fonte: Wired