Minha experiência como gestor de alunos e projetos freelancers

Trabalho profissionalmente com desenho desde os 16 anos de idade. Graduar-me (e depois fazer Mestrado) em design foi consequência, apesar de na graduação eu achar que seria publicitário (são áreas afins, por sinal). Mas o fato é que na faculdade me aborrecia com a perspectiva de ser formado para ser funcionário de alguém, e não ser um trabalhador independente. Não me via em cooperativas ou empresas juniores, talvez por isso em paralelo aos estágios comecei a dar treinamento de softwares gráficos e home/small office. Ser professor foi uma maneira de ter qualidade de vida e ao mesmo tempo trabalhar no ramo. Passei mais de uma década dando aulas em diversas instituições cariocas. Escrevi (e escrevo) para muitos blogs, mas atualmente mantenho, além de meu site, 4 blogs; num deles fiz um texto sobre prós e contras da profissão de freelancer. Se fosse dar uma dica para quem está começando seria: passe pelo mercado de trabalho (ele vai te ensinar o que deve e o que não deve fazer, muito bem) e não esqueça de se divulgar.

Formas de atuação no mercado

Profissionalmente optei por ter várias formas de atuação profissional: presto serviço como designer gráfico, ilustrador, webdesigner; forneço hospedagem de sites, faço divulgação online de profissionais, empresas, produtos ou serviços. Em paralelo aos projetos, eventualmente ofereço treinamentos e consultorias a profissionais, particulares e empresas. Tantas formas de atuação profissional requerem um mínimo de organização, pois são muitas coisas a gerenciar: do site hospedado do cliente X, a fatura do cliente Y, além da entrega do serviço ou produto em si. Por outro lado, é uma forma de não depender de um único cliente ou fonte de receita, algo essencial para quem é autônomo (ou freelancer). Sou freelancer, mas mesmo assim eventualmente aceito prestar serviços em empresas por um período. Acho isso importante até para desenvolver inteligência interpessoal, coisa que pode se perder sendo autônomo. Outra coisa importante de trabalhar para terceiros é aprender coisas que sozinho seria demorado – saber gerenciar projetos, profissionais terceirizados e até a própria presença no mercado.

Tipos de cliente

Meu foco na captação de trabalho é sempre ter novos clientes/clientes únicos ao longo do tempo, embora acabe tendo clientes fixos (hospedagem de sites, p.ex.). Com clientes únicos a “venda do serviço” termina na entrega e com clientes fixos a “venda” acontece todos os dias, praticamente. Pode-se viver de clientes únicos, mas em algum momento (época de baixa demanda, p.ex.) é importante ter clientes fixos para manter um fluxo de caixa.

Freelancer é...

Não é fácil ser “freela”: sou o comercial, publicitário, atendimento, profissional e estudante ao mesmo tempo. Mas isso tudo me torna mais experiente e dono de meu destino; como empregado eu delego ao empregador várias atividades necessárias a minha sobrevivência, como a divulgação no mercado, captação de clientes ou a arte de negociar a prestação de serviços. Outro dia conversando com uma cliente em potencial descobri que ela trabalhava como assessora de imprensa, mas se divulgava como press advicer researcher. Achei interessante, pois são dois termos para ser localizada no mercado. Por isso, se procurar por mim na internet por webdesigner autônomo ou freelancer, você vai me encontrar, em português ou inglês. É isso, pessoal. Muito obrigado e comentem aí com a opinião de vocês!